No Brasil, o sequestro-relâmpago vem sendo a modalidade mais utilizada pelos assaltantes para roubar a população de forma silenciosa. É um crime, em que a vítima, geralmente é abordada em seu veículo e mantida por um curto espaço de tempo sob controle dos bandidos. Assim ficaram pai e filho moradores da zona rural de Coité.
O tempo que a vítima permanece com os sequestradores é apenas o necessário para que os meliantes façam compras e saques em dinheiro com seus cartões de crédito e saques bancários com cheques assinados pela vítima. É famoso no Brasil, recorrente em grandes cidades brasileiras, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.
Como todas as regras tem exerção, o fazendeiro Antonio das Mercês Alves, 72 anos,(usando chapéu) e seu filho, Antonio Raimundo Mercês Alves, 44 anos, residentes na Comunidade de Riacho da Serra, 12 km de Conceição do Coité, foram vitimas desta prática de crime no final de semana. A diferença é que eles não estavam em grandes centros e sim na zona rural do município.
A polícia do município de Conceição do Coité trabalha a todo "vapor" no sentido de descobrir e prender os autores deste seqüestro, pois foi o primeiro caso registrado oficialmente na jurisdição e de modo especial, como estes modos na zona rural.
O fato aconteceu no primeiro dia do mês, uma quinta-feira, ás 20h. Antonio de Garcilio, como é conhecido o fazendeiro, esta sozinho na casa sede da fazenda, quando dois homens arrombaram a porta principal da casa e anunciaram o assalto. Neste mesmo momento, outros dois, arrombavam a porta da casa vizinha, onde estava Antonio Raimundo, filho do fazendeiro.
Depois de desarrumar as duas casas em busca de dinheiro e sem êxito, resolveram se dividir, e dois deles, utilizando o Gol do fazendeiro, foram até a cidade levando o Antonio Raimundo, enquanto os demais ficaram com Antonio de Garcilio.
Na cidade de Coité, eles deixaram o carro nas proximidades do Bairro da Pampulha e foram a pé até a agência do Banco do Brasil, onde Antonio Raimundo sacaria dinheiro e passaria para eles e consequentemente o fazendeiro seria liberado.
Quando todo plano parecia dar certo, ao chegarem à Praça da Babilônia, onde fica a agência bancária, os seqüestradores avistaram uma viatura da polícia e acharam que estavam a sua espera. Neste momento, voltaram com a vítima e abandonaram próximo do carro e por celular avisaram aos que estavam na fazenda que o plano tinha dado errado e que eles "caíssem fora".
De acordo com a Polícia Militar, foi feito diligências na área e o fato foi registrado na Delegacia. "Temos que descobrir logo para que esta prática de crime não cresça em nosso município", falou um policial que pediu para não ser identificado.
Antonio das Mercês disse ao CN que não tem condições de identificar os seqüestradores, pois os que ficaram na casa estavam encapuzados. Ele disse apenas que eles estavam armados e que a todo o momento falavam ao celular.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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