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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Corpo de idoso é sepultado depois de 150 dias na zona rural de Coité


A comunidade de Caruaru, zona rural de Conceição do Coité, a 12 km da sede do município, viveu o último capitulo de uma história comovente que começou pelo desaparecimento do aposentado Elias Santana de Jesus, 84 anos, no dia 28 de março de 2010, e uma semana depois seu corpo foi encontrado em uma fazenda em estado de decomposição preso aos fios de uma cerca de arame. Daquele dia 4 de abril para cá, um dos filhos da vitima, José Gilberto Santana, não fez outra atividade a não ser a luta pela liberação do corpo do IML de Feira para realizar o sepultamento, que só ocorreu às13h30 desta terça-feira, 150 dias depois no cemitério do povoado.




De acordo com Gilberto, na segunda-feira, 5 de abril ele tentou a liberação do corpo, mas técnicos do instituto médico legal encontraram algo irregular em sua documentação e foi solicitado a presença de outro filho biológico para que fosse coletado o material para realização do DNA. Gilberto por sua vez levou até Feira de Santana no dia 9 de abril seu irmão Gildásio Silva Santana, cujo mesmo tem problemas mentais. O sangue colhido do idoso não serviu e foi preciso repetir o procedimento no dia 23 de abril. As provas não estavam dando certo pela dificuldade do material colhido e identificação via documentos, resultado, só na manhã desta terça, o IML liberou para o sepultamento. Elias foi a sexta pessoa a ser enterrada no cemitério de Caruaru, construído há sete meses, o segundo considerado de morte violenta. Antes a comunidade sepultou o jovem Gilmar Ramos, morto eletrocutado.

Ainda no cemitério Gilberto Santana disse que vai iniciar uma nova batalha, agora vai ser para identificar o autor ou autores da morte do seu pai.



O Fato - O corpo do idoso Elias Santana de Jesus, 84 anos, morador do povoado de Caruaru, no município de Conceição do Coité foi encontrado por volta das 09h da manhã de domingo (04/04/10) numa fazenda na localidade de Contador, zona rural de Retirolândia. O aposentado estava desaparecido desde o final da tarde de domingo (28/03/10). Depois de uma semana de buscas realizadas por familiares e amigos inclusive mergulhando em aguadas da região, a noticia chegou à comunidade através de um homem de pré-nome Nildo, que trabalha na fazenda como resideiro de sisal.



O corpo foi encontrado preso a uma cerca de arame entre duas roças de sisal, como se tivesse tentando passar para o outro lado. O corpo estava em avançado estado de decomposição e só foi possível o reconhecimento graças a roupa, o chapéu e as sandálias que ele estava usando quando desapareceu. O idoso apresentava uma perfuração a altura dos rins e uma pancada na cabeça, a alguns metros do corpo foram encontrados pequenos ossos do esqueleto.



Segundo familiares, Elias foi visto andando sozinho por uma estrada e levava consigo a quantia de R$ 600 e quando foram verificar em seus bolsos o dinheiro não foi encontrado, deixando evidente que ele deva ter sido assassinado.

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