Os cinco candidatos durante o debate de ontem na TV
Cinco candidatos ao governo do estado participaram, na noite desta terça-feira (28), do último debate televisivo do primeiro turno, promovido pela TV Bahia. O governador Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB), Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes (Psol) discutiram diversos aspectos dos seus programas de governo e responderam perguntas de temas livres e sugeridos pelo jornalista William Waack, que comandou a discussão de propostas.
O governador Wagner se viu novamente em meio aos ataques dos outros candidatos, que no final fizeram um apelo pelo segundo turno, algo que não é mostrado pelas pesquisas. O mais assertivo nos ataques foi Marcos Mendes, do PSOL, que acusou o atual governo de beneficiar imobiliárias como a OAS e a Odebrecht e acusou de corrupção o secretário da Indústria, Comércio e Mineração James Correia. O governador disse que estas acusações eram vazias e sem provas e convidou Mendes a fazer uma denúncia ao Minitério Público.
O primeiro tema do primeiro bloco, escolhido por sorteio, foi “juventude”. O candidato do PV, também escolhido por sorteio, perguntou a Geddel Vieira Lima quais eram seus planos para ajudar a inserir os jovens no mercado de trabalho, criticando “o indicador social muito ruim” da Bahia, em contraste “com a sua riqueza”. Durante a discussão de outros temas (funcionalismo público, crescimento da cidade, segurança e saúde), os candidatos uniram suas críticas ao atual governador, que teve dois direitos de resposta concedidos em função da acusações feitas pelo candidato Marcos Mendes.
O clima esquentou no segundo bloco, quando os candidatos puderam realizar perguntas para os seus adversários com temas livres. Jaques Wagner foi alvo da primeira questão, que partiu do ex-governador Paulo Souto, sobre o que seria um fraco desempenho do governo em captar recursos federais para a Bahia.Wagner se defendeu das acusações, dizendo que tentava reparar o fato de Souto não ter buscado investimentos durante seu governo, garantindo que “52% de tudo que veio para o Nordeste veio para a Bahia” e que a maioria dos investimentos do Pac 2 é para a Bahia.
O clima esquentou quando Marcos Mendes perguntou a Geddel se seu governo teria a marca "desastrosa" da administração de João Henrique, citando pesquisas que o consideram o pior prefeito do Brasil. O candidato do PSOL também disse que Lula, Dilma, João Henrique e "vários outros prefeitos" abandonaram o candidato do PMDB. O ex-ministro aumentou o tom na resposta e disse que Mendes se comporta nos debates "como um verdadeiro irresponsável, que ele é. Irresponsável e incompetente".
No terceiro bloco do debate eleitoral, Jaques Wagner disse que nunca falou contra o REDA e disse que ele é necessário para a administração do estado. Marcos Mendes questionou Wagner sobre um aumento das contratações temporárias, mas O governador disse que Mendes estava equivocado e que o número de contratações REDA, era pouco mais de 20 mil quando ele assumiu, “hoje está na casa dos 19 mil”, afirmou.
Sobre o tema cultura, Geddel criticou a primeira gestão de Paulo Souto. O ex-governador respondeu as críticas e disse que criou dois programas “pioneiros” em todo o Brasil, o Fundo de Cultura e o Faz Cultura, que estavam “sujeitos a regras absolutamente claras. Geddel criticou o que chamou de “dirigismo na área cultural”, acusando o governo também de ser muito burocrático. Souto defendeu que voltem a ser valorizados símbolos da cultura baiana como o balé do Teatro Castro Alves.
Com o tema sorteado “habitação”, Bassuma perguntou a Marcos Mendes como seria sua abordagem para este problema grave em todo o estado. O candidato do PSOL criticou Wagner, que prometeu criar 100 mil casas em seu governo – número apresentado anteriormente como de casas “construídas e em construção” pelo governador – e voltou a insistir que os interesses das imobiliárias são colocados acima da população.
No quarto bloco, voltaram as perguntas de tema livre e o candidato do PSOL, Marcos Mendes, o inaugurou questionando o ex-governador Paulo Souto sobre duas negociações que teriam sido feitas “no apagar das luzes” do seu governo – o emissário submarino e um condomínio em Patamares .
O governador direcionou sua pergunta ao ex-ministro Geddel, perguntando qual era sua opinião sobre a ferrovia Oeste-Leste. O peemedebista elogiou a iniciativa. “Acho que é uma obra importantíssima do governo do presidente Lula”, salientando que tinha uma preocupação: “a ferrovia tem que ligar um lugar a uma saída e o Porto Sul que ele se refere não tem sequer licença ambiental”.
Geddel também disse que os portos “foram muito maltratados no seu governo (de Wagner)”. Ele também acusou o governador de querer aparecer às custas de obras que são feitas inteiramente com recursos federais. Na sua resposta, Wagner disse que a licença ambiental sairá a tempo.
0 comments:
Postar um comentário
O COMENTÁRIO ANONIMOS NÃO SERÁ LIBERADO, AGRADECEMOS A COLABORAÇÃO.