O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá, deve se reunir na próxima semana com representantes da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para pensar medidas de estímulo à aplicação da dose de reforço nos municípios. Isso porque algumas cidades tem registrado pouca procura por parte do público alvo. O encontro entre as instituições também deve tratar de um alinhamento em relação a divulgação dos dados de vacinação.
De acordo com o presidente da entidade, o objetivo da reunião é realinhar estratégias de uniformização da imunização no estado. “Há essa dúvida toda aí. Também entra um pouco de falta de doses que o governo federal não disponibilizou. Mas estamos nos organizando para ver. Alguns municípios têm aplicado normalmente, outros não. O que não queremos é que ocorra como o atraso da segunda dose, onde algumas cidades haviam vacinado muito mais que outras. Queremos buscar um equilíbrio”, disse.
Foto: Reprodução / Sesab
A discrepância na divulgação dos números tem levantando dúvidas sobre o índice de pessoas que já tomaram a 3ª dose. Quando analisados os dados divulgados pelo boletim da Sesab até às 18h33 desta quarta-feira (13), já foram distribuídas pela secretaria 620.368 doses que deveriam ser destinadas ao reforço da imunização. No entanto, apenas 167.890 foram aplicadas. O que equivaleria a 27,8% de doses.
O boletim revela ainda que apenas 23 cidades teriam aplicado mais de 50% das terceiras doses. O que demonstraria que menos de um terço dos imunizantes haviam sido utilizados. No entanto, o dado não reflete a realidade. A Sesab divulgou que a cidade de Valença teria recebido 3.062 doses, mas não teria aplicado nenhuma.
A informação foi rebatida pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade que informou ter aplicado 1.826 terceiras doses. O mesmo acontece na cidade de Santo Amaro. Enquanto a Sesab diz que enviou 3.633 doses e nenhuma foi aplicada, o secretário de Saúde do município, Sérgio Santana, informou que a cidade já aplicou 1.117 doses.
Foto: Reprodução / Sesab
“Houve um decréscimo em relação à busca pela terceira dose. Estamos encaminhando cards chamando a população para se vacinar e também levando profissionais de saúde para vacinar os acamados. Há uma discrepância em relação à divulgação ou transmissão dos dados. Estamos verificando porque estes dados não foram transmitidos ou consolidados em relação a Sesab”, disse.
Por meio de assessoria de imprensa, a Sesab informou que os dados disponibilizados no painel da secretaria “são alimentados pelas informações dos municípios preenchidos nos sistemas do Ministério da Saúde”.
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