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sábado, 26 de agosto de 2023

Raulzito sempre foi o maior amor de Raul Seixas.

ARTICULISTA

Mário Sérgio Félix
É radialista, jornalista e pesquisador da MPB. Escreve às quintas.
Sim, Raul Seixas e Raulzito sempre foram a mesma pessoa, e ambos mandaram ver com boa música

Raul Seixas disse que nasceu há dez mil anos atrás e não tinha nada nesse mundo que ele não soubesse demais. Esse é mais um verso dos grandes sucessos de Raul, de 1976. É fruto de uma parceria com Paulo Coelho.

O que poucos sabem é que Raul é um dos maiores compositores desse país e, de quebra, de todos os tempos. A gente poderia citar aqui muitos outros versos do genial Raul Santos Seixas, notoriamente de sucesso e que traduz o momento psicodélico que ele, Paulo e todo o Brasil viviam.

O nosso “maluco beleza” já previa que sua música viria para deixar uma “rapaziada” bem pra cima e muito louca. Mas esse Raul que tanto compunha músicas que a gente tinha que estudar as letras e o seu sentido também mostra na veia seu lado sentimental, o lado do amor que também estava presente e entranhado na sua poesia.

Embora fosse tratado de “maluco beleza”, tinha também o seu lado “Doce, Doce Amor”. Mas aí, a gente precisa vê-lo e chamá-lo de Raulzito. Então, o chamemos de Raulzito. Afinal, “Raul Seixas e Raulzito sempre foram a mesma pessoa”, como ele mesmo diz numa de suas letras.

Será? Sim. Eram mesmo. Em 1971, Raulzito compôs em parceria com Mauro Motta o mega sucesso “Doce, Doce Amor”, gravado pelo pop star Jerry Adriani. Naquele período, Mauro lhe foi o parceiro mais constante.

A música romântica começava a aparecer no início da década de 1970. Seus intérpretes eram uma gente boa que ficara viúvo ou viúva da Jovem Guarda, a patota puxada por Erasmo e Roberto Carlos.

Ainda em 1971, Diana grava um dos maiores sucessos de sua carreira, “Ainda Queima a Esperança”, também parceria do “maldito baiano” com Mauro Motta.

A música atinge as primeiras colocações das paradas de sucesso que, de tão grande, a gravadora CBS a coloca em sua coletânea “As 14 Mais - Volume XXV” daquele ano.

A produção musical de Raulzito se torna intensa e vistosa. A gravadora CBS vê com bons olhos os artistas populares em seu elenco e dá algum poder a Raulzito para produzir alguns dos LP’s dessa turma.

Da parceria, surge outro grande sucesso, “Darling”. Dessa vez, com o maior conjunto de bailes da época e o maior conjunto musical da Jovem Guarda, o Renato & Seus Blue Caps.

O sucesso também foi incluído na coletânea “As 14 Mais - Volume XXV”. Aliás, nesse volume das 14 mais, nem Roberto Carlos conseguiu emplacar três sucessos. Apenas Raulzito.

O outro sucesso dele foi na voz de José Roberto, “Se Você Não Precisasse, Você Não Pedia”. A diferença é que essa canção é apenas do Raulzito, sem parceria.

Para o Renato & Seus Blue Caps, Raulzito também compôs grandes sucessos, como “Obrigado pela Atenção”, “Playboy”, “Se Eu Sou Feliz, Porque Estou Chorando”, “Sha La La (Querida)”, “Sheila”, “Tudo Que é Bom Dura Pouco” - essa, gravada pelo Jerry Adriani - e tantos e tantos outros sucessos de nível nacional.
Raulzito era de um tino musical genial e fenomenal, além de ser também apaixonado pelo rock - como o Raul roqueiro que envergaria o Brasil de orgulho mais à frente. Seus ouvidos estavam atentos ao que rolava lá fora e em especial com uma banda que ele gostava muito: The Byrds.

Aliás, com esse grupo, Raul tem uma história muito interessante. O conjunto, além de nos apresentar o rock de Bob Dylan, com “Mr. Tambourine Man”, lançou o também sucesso “Spaceman”.

E foi justamente a parir da música “Spaceman” que Raulzito compôs - será? a sua “Objeto Voador”. A música foi gravada pela dupla Leno & Lílian em 1972.

Muitos alertaram a Raulzito que a música seria um plágio da canção “Spaceman” dos americano do The Byrds. Saindo pela tangente, Raulzito dissera que seria apenas uma “coincidência musical”.

Justamente em cima da mesma “Spaceman”, Raulzito, agora denominado Raul Seixas, escreve outra letra para diferenciar de Objeto Voador e em 1974 nasce “S.O.S.”.

Raulzito continua compondo e agradando os intérpretes que solicitam músicas deles. O tema se identifica com o amor, o romance, as florações mais intempestivas dos corações. Em 1973, surge outro grande sucesso, ainda na voz de outro grande remanescente da Jovem Guarda, José Roberto: “Lágrimas nos Olhos”.

Essa música atinge os primeiros lugares das paradas de sucesso e mais uma vez é inserida na coletânea “As 14 Mais - Volume XXVII”. Em 2006, Reginaldo Rossi a grava em seu disco “Acorda Maria bonita”.

Mas Raulzito não transitava somente no mar do amor. O Trio Ternura, que havia vencido o Festival Internacional da Canção do ano de 1970 com a música “BR-3”, fazendo vocal para Toni Tornado e vencendo o mesmo Festival Internacional da Canção, fase Nacional, de 1971 com a música “Kyriê”, de Paulinho Soares e Marcello Silva, também gravou de Raulzito o sucesso “Vê Se Dá Um Jeito Nisso”, parceria com Mauro Motta e Sérgio Augusto. O disco é um de “soul” e um dos primeiros a ser lançado no Brasil.

Mas um dos maiores sucessos nessa linha popular que o preconceito da época rotularia de brega ou cafona composto por Raulzito foi gravado pelo sergipano Balthazar.

Trata-se de “Se Ainda Existe Amor”, parceria com Sandra Symone, e está registrada no LP “Cartas de Amor”, lançado pelo sergipano em 1976. “Se Ainda Existe Amor” é outro grande sucesso que chegou ao topo das paradas de sucesso e marcou gerações.

A gravação se deu pelo selo Polydor e por isso a música não entrara na coletânea “As 14 Mais”, porque esta coletânea pertencia à gravadora CBS. Porém, essa música fora lançada na coletânea “As 14 Demais” em 1977 pelo selo Polydor/Phillips.

Muitos foram outros sucessos de Raulzito, antes de tornar-se o mito Raul Seixas. Além dos já citados, artistas como Sérgio Sampaio, Vanusa, Márcio Greyck, Alípio Martins, Wanderley Cardoso e tantos outros engrossam a fileira dos que interpretaram sucessos do Raulzito.

Ele também participou do disco que fora gravado pela CBS com a mais alta tecnologia da época, porém, não fora lançado. Do disco “Vida e Obra de Johnny McCartney”, do cantor Leno, Raulzito foi o produtor musical juntamente com o cantor Leno.

Ainda participaram desse disco Golden Boys e Trio Ternura, e Renato Barros foi seu diretor artístico. Leno e Raulzito também trabalharam com os arranjos. Esse disco teve a fundamental participação do grupo Renato & Seus Blue Caps.

Na época, o disco fora censurado com base no tema central das músicas ali contidas: reforma agrária, censura, tortura, drogas e repressão. Essa foi a explicação dada pela gravadora.

O diretor da gravadora na época tinha tirado férias e pediu a Raul que nada fizesse até a sua volta. Pedido não atendido. Disco gravado, o seu lançamento foi barrado pela Diretoria da gravadora que não queria “peitar” a censura brasileira. Mas aí já é outra história.

A convite do jornalista Jozailto Lima, mantenedor deste Portal JLPolítica & Negócio, estarei aqui todas as quintas-feiras falando de coisas por trás da nossa boa música do Brasil. Fui elevado a articulista! Não me deixe só e venha você comigo.

Raul Seixas disse que nasceu há dez mil anos atrás e não tinha nada nesse mundo que ele não soubesse demais. Esse é mais um verso dos grandes sucessos de Raul, de 1976. É fruto de uma parceria com Paulo Coelho.

O que poucos sabem é que Raul é um dos maiores compositores desse país e, de quebra, de todos os tempos. A gente poderia citar aqui muitos outros versos do genial Raul Santos Seixas, notoriamente de sucesso e que traduz o momento psicodélico que ele, Paulo e todo o Brasil viviam.

O nosso “maluco beleza” já previa que sua música viria para deixar uma “rapaziada” bem pra cima e muito louca. Mas esse Raul que tanto compunha músicas que a gente tinha que estudar as letras e o seu sentido também mostra na veia seu lado sentimental, o lado do amor que também estava presente e entranhado na sua poesia.

Embora fosse tratado de “maluco beleza”, tinha também o seu lado “Doce, Doce Amor”. Mas aí, a gente precisa vê-lo e chamá-lo de Raulzito. Então, o chamemos de Raulzito. Afinal, “Raul Seixas e Raulzito sempre foram a mesma pessoa”, como ele mesmo diz numa de suas letras.

Será? Sim. Eram mesmo. Em 1971, Raulzito compôs em parceria com Mauro Motta o mega sucesso “Doce, Doce Amor”, gravado pelo pop star Jerry Adriani. Naquele período, Mauro lhe foi o parceiro mais constante.

A música romântica começava a aparecer no início da década de 1970. Seus intérpretes eram uma gente boa que ficara viúvo ou viúva da Jovem Guarda, a patota puxada por Erasmo e Roberto Carlos.

Ainda em 1971, Diana grava um dos maiores sucessos de sua carreira, “Ainda Queima a Esperança”, também parceria do “maldito baiano” com Mauro Motta.

A música atinge as primeiras colocações das paradas de sucesso que, de tão grande, a gravadora CBS a coloca em sua coletânea “As 14 Mais - Volume XXV” daquele ano.

A produção musical de Raulzito se torna intensa e vistosa. A gravadora CBS vê com bons olhos os artistas populares em seu elenco e dá algum poder a Raulzito para produzir alguns dos LP’s dessa turma.

Da parceria, surge outro grande sucesso, “Darling”. Dessa vez, com o maior conjunto de bailes da época e o maior conjunto musical da Jovem Guarda, o Renato & Seus Blue Caps.

O sucesso também foi incluído na coletânea “As 14 Mais - Volume XXV”. Aliás, nesse volume das 14 mais, nem Roberto Carlos conseguiu emplacar três sucessos. Apenas Raulzito.

O outro sucesso dele foi na voz de José Roberto, “Se Você Não Precisasse, Você Não Pedia”. A diferença é que essa canção é apenas do Raulzito, sem parceria.

Para o Renato & Seus Blue Caps, Raulzito também compôs grandes sucessos, como “Obrigado pela Atenção”, “Playboy”, “Se Eu Sou Feliz, Porque Estou Chorando”, “Sha La La (Querida)”, “Sheila”, “Tudo Que é Bom Dura Pouco” - essa, gravada pelo Jerry Adriani - e tantos e tantos outros sucessos de nível nacional.
Raulzito era de um tino musical genial e fenomenal, além de ser também apaixonado pelo rock - como o Raul roqueiro que envergaria o Brasil de orgulho mais à frente. Seus ouvidos estavam atentos ao que rolava lá fora e em especial com uma banda que ele gostava muito: The Byrds.

Aliás, com esse grupo, Raul tem uma história muito interessante. O conjunto, além de nos apresentar o rock de Bob Dylan, com “Mr. Tambourine Man”, lançou o também sucesso “Spaceman”.

E foi justamente a parir da música “Spaceman” que Raulzito compôs - será? a sua “Objeto Voador”. A música foi gravada pela dupla Leno & Lílian em 1972.

Muitos alertaram a Raulzito que a música seria um plágio da canção “Spaceman” dos americano do The Byrds. Saindo pela tangente, Raulzito dissera que seria apenas uma “coincidência musical”.

Justamente em cima da mesma “Spaceman”, Raulzito, agora denominado Raul Seixas, escreve outra letra para diferenciar de Objeto Voador e em 1974 nasce “S.O.S.”.

Raulzito continua compondo e agradando os intérpretes que solicitam músicas deles. O tema se identifica com o amor, o romance, as florações mais intempestivas dos corações. Em 1973, surge outro grande sucesso, ainda na voz de outro grande remanescente da Jovem Guarda, José Roberto: “Lágrimas nos Olhos”.

Essa música atinge os primeiros lugares das paradas de sucesso e mais uma vez é inserida na coletânea “As 14 Mais - Volume XXVII”. Em 2006, Reginaldo Rossi a grava em seu disco “Acorda Maria bonita”.

Mas Raulzito não transitava somente no mar do amor. O Trio Ternura, que havia vencido o Festival Internacional da Canção do ano de 1970 com a música “BR-3”, fazendo vocal para Toni Tornado e vencendo o mesmo Festival Internacional da Canção, fase Nacional, de 1971 com a música “Kyriê”, de Paulinho Soares e Marcello Silva, também gravou de Raulzito o sucesso “Vê Se Dá Um Jeito Nisso”, parceria com Mauro Motta e Sérgio Augusto. O disco é um de “soul” e um dos primeiros a ser lançado no Brasil.

Mas um dos maiores sucessos nessa linha popular que o preconceito da época rotularia de brega ou cafona composto por Raulzito foi gravado pelo sergipano Balthazar.

Trata-se de “Se Ainda Existe Amor”, parceria com Sandra Symone, e está registrada no LP “Cartas de Amor”, lançado pelo sergipano em 1976. “Se Ainda Existe Amor” é outro grande sucesso que chegou ao topo das paradas de sucesso e marcou gerações.

A gravação se deu pelo selo Polydor e por isso a música não entrara na coletânea “As 14 Mais”, porque esta coletânea pertencia à gravadora CBS. Porém, essa música fora lançada na coletânea “As 14 Demais” em 1977 pelo selo Polydor/Phillips.

Muitos foram outros sucessos de Raulzito, antes de tornar-se o mito Raul Seixas. Além dos já citados, artistas como Sérgio Sampaio, Vanusa, Márcio Greyck, Alípio Martins, Wanderley Cardoso e tantos outros engrossam a fileira dos que interpretaram sucessos do Raulzito.

Ele também participou do disco que fora gravado pela CBS com a mais alta tecnologia da época, porém, não fora lançado. Do disco “Vida e Obra de Johnny McCartney”, do cantor Leno, Raulzito foi o produtor musical juntamente com o cantor Leno.

Ainda participaram desse disco Golden Boys e Trio Ternura, e Renato Barros foi seu diretor artístico. Leno e Raulzito também trabalharam com os arranjos. Esse disco teve a fundamental participação do grupo Renato & Seus Blue Caps.

Na época, o disco fora censurado com base no tema central das músicas ali contidas: reforma agrária, censura, tortura, drogas e repressão. Essa foi a explicação dada pela gravadora.

O diretor da gravadora na época tinha tirado férias e pediu a Raul que nada fizesse até a sua volta. Pedido não atendido. Disco gravado, o seu lançamento foi barrado pela Diretoria da gravadora que não queria “peitar” a censura brasileira. Mas aí já é outra história.

A convite do jornalista Jozailto Lima, mantenedor deste Portal JLPolítica & Negócio, estarei aqui todas as quintas-feiras falando de coisas por trás da nossa boa música do Brasil. Fui elevado a articulista! Não me deixe só e venha você comigo.

 Raul Seixas disse que nasceu há dez mil anos atrás e não tinha nada nesse mundo que ele não soubesse demais. Esse é mais um verso dos grandes sucessos de Raul, de 1976. É fruto de uma parceria com Paulo Coelho.

O que poucos sabem é que Raul é um dos maiores compositores desse país e, de quebra, de todos os tempos. A gente poderia citar aqui muitos outros versos do genial Raul Santos Seixas, notoriamente de sucesso e que traduz o momento psicodélico que ele, Paulo e todo o Brasil viviam.

O nosso “maluco beleza” já previa que sua música viria para deixar uma “rapaziada” bem pra cima e muito louca. Mas esse Raul que tanto compunha músicas que a gente tinha que estudar as letras e o seu sentido também mostra na veia seu lado sentimental, o lado do amor que também estava presente e entranhado na sua poesia.

Embora fosse tratado de “maluco beleza”, tinha também o seu lado “Doce, Doce Amor”. Mas aí, a gente precisa vê-lo e chamá-lo de Raulzito. Então, o chamemos de Raulzito. Afinal, “Raul Seixas e Raulzito sempre foram a mesma pessoa”, como ele mesmo diz numa de suas letras.

Será? Sim. Eram mesmo. Em 1971, Raulzito compôs em parceria com Mauro Motta o mega sucesso “Doce, Doce Amor”, gravado pelo pop star Jerry Adriani. Naquele período, Mauro lhe foi o parceiro mais constante.

A música romântica começava a aparecer no início da década de 1970. Seus intérpretes eram uma gente boa que ficara viúvo ou viúva da Jovem Guarda, a patota puxada por Erasmo e Roberto Carlos.

Ainda em 1971, Diana grava um dos maiores sucessos de sua carreira, “Ainda Queima a Esperança”, também parceria do “maldito baiano” com Mauro Motta.

A música atinge as primeiras colocações das paradas de sucesso que, de tão grande, a gravadora CBS a coloca em sua coletânea “As 14 Mais - Volume XXV” daquele ano.

A produção musical de Raulzito se torna intensa e vistosa. A gravadora CBS vê com bons olhos os artistas populares em seu elenco e dá algum poder a Raulzito para produzir alguns dos LP’s dessa turma.

Da parceria, surge outro grande sucesso, “Darling”. Dessa vez, com o maior conjunto de bailes da época e o maior conjunto musical da Jovem Guarda, o Renato & Seus Blue Caps.

O sucesso também foi incluído na coletânea “As 14 Mais - Volume XXV”. Aliás, nesse volume das 14 mais, nem Roberto Carlos conseguiu emplacar três sucessos. Apenas Raulzito.

O outro sucesso dele foi na voz de José Roberto, “Se Você Não Precisasse, Você Não Pedia”. A diferença é que essa canção é apenas do Raulzito, sem parceria.

Para o Renato & Seus Blue Caps, Raulzito também compôs grandes sucessos, como “Obrigado pela Atenção”, “Playboy”, “Se Eu Sou Feliz, Porque Estou Chorando”, “Sha La La (Querida)”, “Sheila”, “Tudo Que é Bom Dura Pouco” - essa, gravada pelo Jerry Adriani - e tantos e tantos outros sucessos de nível nacional.
Raulzito era de um tino musical genial e fenomenal, além de ser também apaixonado pelo rock - como o Raul roqueiro que envergaria o Brasil de orgulho mais à frente. Seus ouvidos estavam atentos ao que rolava lá fora e em especial com uma banda que ele gostava muito: The Byrds.

Aliás, com esse grupo, Raul tem uma história muito interessante. O conjunto, além de nos apresentar o rock de Bob Dylan, com “Mr. Tambourine Man”, lançou o também sucesso “Spaceman”.

E foi justamente a parir da música “Spaceman” que Raulzito compôs - será? a sua “Objeto Voador”. A música foi gravada pela dupla Leno & Lílian em 1972.

Muitos alertaram a Raulzito que a música seria um plágio da canção “Spaceman” dos americano do The Byrds. Saindo pela tangente, Raulzito dissera que seria apenas uma “coincidência musical”.

Justamente em cima da mesma “Spaceman”, Raulzito, agora denominado Raul Seixas, escreve outra letra para diferenciar de Objeto Voador e em 1974 nasce “S.O.S.”.

Raulzito continua compondo e agradando os intérpretes que solicitam músicas deles. O tema se identifica com o amor, o romance, as florações mais intempestivas dos corações. Em 1973, surge outro grande sucesso, ainda na voz de outro grande remanescente da Jovem Guarda, José Roberto: “Lágrimas nos Olhos”.

Essa música atinge os primeiros lugares das paradas de sucesso e mais uma vez é inserida na coletânea “As 14 Mais - Volume XXVII”. Em 2006, Reginaldo Rossi a grava em seu disco “Acorda Maria bonita”.

Mas Raulzito não transitava somente no mar do amor. O Trio Ternura, que havia vencido o Festival Internacional da Canção do ano de 1970 com a música “BR-3”, fazendo vocal para Toni Tornado e vencendo o mesmo Festival Internacional da Canção, fase Nacional, de 1971 com a música “Kyriê”, de Paulinho Soares e Marcello Silva, também gravou de Raulzito o sucesso “Vê Se Dá Um Jeito Nisso”, parceria com Mauro Motta e Sérgio Augusto. O disco é um de “soul” e um dos primeiros a ser lançado no Brasil.

Mas um dos maiores sucessos nessa linha popular que o preconceito da época rotularia de brega ou cafona composto por Raulzito foi gravado pelo sergipano Balthazar.

Trata-se de “Se Ainda Existe Amor”, parceria com Sandra Symone, e está registrada no LP “Cartas de Amor”, lançado pelo sergipano em 1976. “Se Ainda Existe Amor” é outro grande sucesso que chegou ao topo das paradas de sucesso e marcou gerações.

A gravação se deu pelo selo Polydor e por isso a música não entrara na coletânea “As 14 Mais”, porque esta coletânea pertencia à gravadora CBS. Porém, essa música fora lançada na coletânea “As 14 Demais” em 1977 pelo selo Polydor/Phillips.

Muitos foram outros sucessos de Raulzito, antes de tornar-se o mito Raul Seixas. Além dos já citados, artistas como Sérgio Sampaio, Vanusa, Márcio Greyck, Alípio Martins, Wanderley Cardoso e tantos outros engrossam a fileira dos que interpretaram sucessos do Raulzito.

Ele também participou do disco que fora gravado pela CBS com a mais alta tecnologia da época, porém, não fora lançado. Do disco “Vida e Obra de Johnny McCartney”, do cantor Leno, Raulzito foi o produtor musical juntamente com o cantor Leno.

Ainda participaram desse disco Golden Boys e Trio Ternura, e Renato Barros foi seu diretor artístico. Leno e Raulzito também trabalharam com os arranjos. Esse disco teve a fundamental participação do grupo Renato & Seus Blue Caps.

Na época, o disco fora censurado com base no tema central das músicas ali contidas: reforma agrária, censura, tortura, drogas e repressão. Essa foi a explicação dada pela gravadora.

O diretor da gravadora na época tinha tirado férias e pediu a Raul que nada fizesse até a sua volta. Pedido não atendido. Disco gravado, o seu lançamento foi barrado pela Diretoria da gravadora que não queria “peitar” a censura brasileira. Mas aí já é outra história.

A convite do jornalista Jozailto Lima, mantenedor deste Portal JLPolítica & Negócio, estarei aqui todas as quintas-feiras falando de coisas por trás da nossa boa música do Brasil. Fui elevado a articulista! Não me deixe só e venha você comigo.

Este texto foi publicado originalmente no Portal JLPolitica & Negócio, de Aracaju, Sergipe, e mantido pelo jornalista profissional varzeano Jozailto Lima.

 

 

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