O presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram juntos, às 21h26 de ontem, no salão do Palácio do Planalto onde estava sendo velado o corpo do ex-vice-presidente José Alencar. Os dois cumprimentaram a mulher de Alencar, Marisa, o filho, Josué, e familiares. Lula chegou chorando. Aos prantos, ao lado do caixão, ele beijou a testa de Alencar. Dilma também se aproximou do caixão e colocou a mão sobre as mãos do ex-vice-presidente.
A presidente e o antecessor viajaram juntos desde Portugal, onde participaram da cerimônia na qual Lula recebeu o título de doutor “honoris causa” da Universidade de Coimbra. O ex-presidente dedicou o título a Alencar. Devido ao atraso - a previsão inicial de chegada era às 20h -, os dois se deslocaram de helicóptero entre a Base Aérea de Brasília e o Palácio do Planalto. Após a chegada de Dilma e Lula, teve início uma celebração religiosa aberta ao público.
Dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mencionou o otimismo e fé de Alencar. “Era impressionante o seu otimismo depois de cada cirurgia. Ele dizia: ‘não tenho medo da morte. Acredito em Deus’”, disse. Segundo Lara Barbosa, o ex-vice-presidente foi um “guerreiro vitorioso”.
Até o fechamento desta edição, mais de 6.200 pessoas já haviam passado pelo velório, de acordo com a Presidência. Pela manhã, uma missa com autoridades e familiares já havia sido celebrada pelo núncio apostólico no Brasil, Lorenzo Baldisseri. Na manhã de hoje, o caixão com Alencar será levado para Belo Horizonte.
O velório de Alencar será aberto ao público também no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, entre 9h e 13h. O corpo do ex-vice-presidente será cremado às 14h no Cemitério Parque Renascer, em Contagem (MG). Segundo a assessoria do ex-vice-presidente, a cerimônia será restrita aos familiares.
BLOQUEIO - Apesar da segurança, a ex-servidora do Planalto Marlene Celestino de Araújo furou o bloqueio que separa o público do caixão e colocou um terço nas mãos de Alencar. Marlene entrou como as pessoas que visitam o velório. Ao chegar em frente ao caixão, ela atravessou a faixa, depositou o terço e depois abraçou a viúva, Mariza Gomes da Silva.
“Eu disse a ela [Mariza] que ele será sempre amado”, afirmou Marlene, ao deixar o local. Ela disse que conviveu com o ex-vice no período em que trabalhou na Secretaria das Mulheres, em um dos anexos do Planalto. “Eu fiz muita novena para ele não morrer”, destacou.
Fonte: Correio da Bahia
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