Cerca
de 28 mil trabalhadores do sistema de saúde pública estadual na Bahia
entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 3.
A categoria, liderada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia
(Sindimed) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da
Bahia (Sindsaúde), cobra melhorias nas condições de trabalho, pagamento
da URV, da GID (Gratificação de Incentivo ao Desempanho), acerto no
Plano de Carreira, além de liberação do profissionais para aposentadoria
e Licença Prêmio.
Diversos servidores, como
médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, se concentram nesta manhã
no Hospital Geral do Estado (HGE), no Hospital Roberto Santos e no
Centro de Referência, em frente ao Shopping Iguatemi.
De acordo com o presidente
do Sindimed, José Cayres, à medida em que os servidores vão chegando, as
manifestações se intensificam. “Ontem, tivemos reunião com o Conselho
Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). Como não houve posicionamento do
secretário de Saúde que justificasse uma nova reunião, mantemos a
próxima assembleia para a quinta-feira, 5, às 17h, na Fundação Visconde
de Cayru”, afirmou Cayres.
Para a vice-presidente do
Sindsaúde, Ivanilda Brito, que se reúne com outros servidores em frente
ao HGE, os profissionais “estão reivindicando direitos que lhes foram
negados”. Segundo ela, a greve foi definida no dia 14 de abril.
“Aguardávamos que o governo tivesse uma postura diferente, para que não
chegássemos ao extremo da greve”, afirmou.
Ainda segundo Brito, a categoria
passou dez anos fazendo paralisações, mas sem deflagrar nenhuma greve
por tempo indeterminado. A última teria sido na década de 1980, com 53
dias de braços cruzados.
Serviços – Os atendimentos de
urgência e emergência estão mantidos nos hospitais e nas unidades
públicas estaduais de saúde, além da entrega de medicamentos e dos
serviços de vacinação. Já o funcionamento dos ambulatórios, laboratórios
e cirurgias eletivas estão suspensos.
A categoria recomenda que a
população procure o Hospital do Subúrbio ou outras unidades com convênio
com o SUS ou administradas pelo Município. A dona de casa Irazinha
Ferreira, que está no HGE desde ontem com o marido, que sofre de
problemas na coluna, diz que não deixou de ser atendida pela equipe
médica. “Apesar da greve, o atendimento foi mantido”, disse.
A Secretaria de Saúde do Estado
da Bahia (Sesab) informou, por meio de sua assessoria de comunicação,
que entrou em contato com os diretores dos hospitais Geral do Estado,
Roberto Santos, João Batista Caribé e Ernesto Simões Filho e a diretoria
afirmou que o atendimento seguia sem problemas. O titular da pasta,
Jorge Solla, ainda não se posicionou sobre a greve dos servidores.
*Com redação de Clarissa Pacheco, do A Tarde On Line
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