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terça-feira, 3 de maio de 2011

Servidores da saúde iniciam greve por tempo indeterminado



Cerca de 28 mil trabalhadores do sistema de saúde pública estadual na Bahia entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 3. A categoria, liderada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), cobra melhorias nas condições de trabalho, pagamento da URV, da GID (Gratificação de Incentivo ao Desempanho), acerto no Plano de Carreira, além de liberação do profissionais para aposentadoria e Licença Prêmio.

Diversos servidores, como médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, se concentram nesta manhã no Hospital Geral do Estado (HGE), no Hospital Roberto Santos e no Centro de Referência, em frente ao Shopping Iguatemi.

De acordo com o presidente do Sindimed, José Cayres, à medida em que os servidores vão chegando, as manifestações se intensificam. “Ontem, tivemos reunião com o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). Como não houve posicionamento do secretário de Saúde que justificasse uma nova reunião, mantemos a próxima assembleia para a quinta-feira, 5, às 17h, na Fundação Visconde de Cayru”, afirmou Cayres.

Para a vice-presidente do Sindsaúde, Ivanilda Brito, que se reúne com outros servidores em frente ao HGE, os profissionais “estão reivindicando direitos que lhes foram negados”. Segundo ela, a greve foi definida no dia 14 de abril. “Aguardávamos que o governo tivesse uma postura diferente, para que não chegássemos ao extremo da greve”, afirmou.

Ainda segundo Brito, a categoria passou dez anos fazendo paralisações, mas sem deflagrar nenhuma greve por tempo indeterminado. A última teria sido na década de 1980, com 53 dias de braços cruzados.

Serviços – Os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos nos hospitais e nas unidades públicas estaduais de saúde, além da entrega de medicamentos e dos serviços de vacinação. Já o funcionamento dos ambulatórios, laboratórios e cirurgias eletivas estão suspensos.

A categoria recomenda que a população procure o Hospital do Subúrbio ou outras unidades com convênio com o SUS ou administradas pelo Município. A dona de casa Irazinha Ferreira, que está no HGE desde ontem com o marido, que sofre de problemas na coluna, diz que não deixou de ser atendida pela equipe médica. “Apesar da greve, o atendimento foi mantido”, disse.

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que entrou em contato com os diretores dos hospitais Geral do Estado, Roberto Santos, João Batista Caribé e Ernesto Simões Filho e a diretoria afirmou que o atendimento seguia sem problemas. O titular da pasta, Jorge Solla, ainda não se posicionou sobre a greve dos servidores.

*Com redação de Clarissa Pacheco, do A Tarde On Line 

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