A energia que a torcida passou durante todo o jogo foi fundamental para a equipe garantir a classificação.
Valente e Santaluz há uma semana iniciavam a disputa de uma vaga para a final do intermunicipal edição 2011. Jogo de 180 minutos, conforme trata a crônica esportiva, porque são dois jogos sequenciados. A primeira partida Valente foi a Santaluz e não tomou conhecimento daquela que não conhecia nenhuma derrota jogando em seus domínios e venceu por 2 a 1. Era a oitava vitória de nove jogos disputados fora de casa da seleção valentense.
A seleção de Santaluz dona do melhor ataque do campeonato não se abateu com a derrota, embora reconhecesse que seria uma missão quase impossível fazer mais de dois gols de diferença para garantir a vaga. Para Valente o empate bastava para ir à final pela primeira vez.
Estádio completamente lotado, sol forte, policiamento reforçado, árbitro de primeira linha da FBF e também experimentando no Campeonato Brasileiro, deste ano inclusive, o Arilson Bispo Anunciação.
A seleção de Valente inicia o jogo classificada, pois o 0 a 0 estava suficiente. Por outro lado a seleção luzense precisava correr risco, pois precisaria balançar a rede da dona da casa pelo menos duas vezes e seu goleiro Rose não buscar a bola nenhuma vez.
Santaluz então saiu em busca do resultado e iniciou a partida marcando forte e retornando na com muita atitude quando levava o contra ataque. O primeiro tempo era visível o melhor domínio da seleção visitante, a dupla de ataque Eri e Marcelo batalharam muito até que aos 31 min do primeiro tempo inauguraram o marcador. Marcelo aproveitou a falha da zaga, chutou forte o goleiro Wallysson deu rebote e a bola sobrou para ele novamente que não desperdiçou o jogou no fundo. 1 a 0 levou a vibrante torcida de Santaluz que esteve isolada do outro lado da arquibancada ao delírio e levava também a decisão da vaga nos pênaltis.
Valente que não havia feito muito até aquele momento, viu a seleção visitante crescer no jogo e manter o ritmo até o final da primeira etapa, investindo no ataque e precavido na marcação para não ser surpreendido com o empate. Fim do primeiro tempo Santaluz vence por 1 a 0.
No segundo tempo o jogo parecia que “os ventos” iam soprar a favor dos donos da casa. Aos 3 min Fabinho, camisa 7 de Santaluz fez falta violenta próximo a meia lua da grande área, falta para cartão amarelo, Arilson observou na suas anotações que o camisa 7 da equipe amarela já havia recebido o cartão no primeiro tempo, aplicou o segundo e mandou para o chuveiro.
Não adianta chorar o leite derramado. Santaluz com 10 jogadores em campo precisava se desdobrar para segurar aquele 1 a 0, pois quem sabe nas penalidades poderia conseguir a vaga. Só não contava que cinco minutos depois, o defensor valentense Nêgo de Vovó entregasse “ o ouro” para o atacante Eri. O atleta de Valente perdeu a bola para Eri que teve a tranqüilidade de escolher o canto e jogou rasteiro na saída de Wallysson, para a alegria da torcida.
Valente não conseguia dominar a bola ou realizar uma jogada até chegar ao gol de Rose com perigo, enquanto isso, Santaluz aproveitava os contra-ataques. Marcelo recebeu um cruzamento e cabeceou forte no ânglo, estabelecendo o placar de 3 a 0 aos 10min e o 24º na competição, artilheiro isolado do intermunicipal.
Valente passou a errar mais na partida e Santaluz ganhou motivação, aproveitando o espaço deixado pelo meio campo valentense, novo vacilo no meio de campo o atacante Eri entrou livre para marcar o quarto gol. Eram jogados 13 min do segundo tempo.
A seleção de Santaluz passou a jogar administrando a partida, diminuiu o ritmo de ataque e segurou o ataque de Valente que buscou até o ultimo minuto seu gol de honra. Frustração total, a melhor seleção do intermunicipal deixa a competição de maneira decepcionante. A equipe treinada pelo experiente Zé Gambirra que só havia levado 7 gols em todo campeonato, sofre quatro numa partida jogando em seus domínios. A campanha em casa foi um pouco inferior, pois amargou empates e vitórias não convicentes, mas, jamais ficou um jogo sem balançar as redes jogando no Evandrão.
Excesso de confiança pode ter atrapalhado planos
Foi muita empolgação por parte da torcida e até mesmo do prefeito Ubaldino depois que venceu o jogo em Santaluz. Na ocasião mesmo demonstrado humildade, no fundo era percebida sua confiança na classificação. Ele dizia que estava sendo preparada uma grande festa. Na tarde de hoje ele lamentou a derrota e disse que “são coisas do futebol. Nossa seleção não jogou nada hoje, estava irreconhecível. Mas está bom, a prefeitura fez sua parte, atendeu a solicitação da liga, investiu em bons atletas, mas infelizmente não deu. Vamos agora torcer por Santaluz , pois a sua adversária eu nem conheço. Vamos ajudar nossa vizinha a levatar esse título” convocou Amaral.
O árbitro reserva recolheu uma caneca de alumínio jogada no gramado e a mesma trazia o escudo da seleção de Valente ” Campeão Baiano do Intermunicipal 2011″.
Santaluz vai enfrentar a seleção de São Francisco do Conde em jogo de 180 minutos. A primeira parte acontece já no próximo domingo no Milton Goes, a seleção luzense vai com tudo para fazer um bom resultado e tentar administrar o jogo de volta no recôncavo daqui a duas semanas.
Cabines de rádios improvisadas depois do incidente com narrador da Regional Am de Serrinha em Santaluz
No estádio Evandro Mota as cabines de rádio são tão pequenas quanto a do estadio de Santaluz. Diante do desconforto passado pelo narrador Aloísio Farias no jogo de ida, quando o cronista passou mal na cabine em plena transmissão, a liga valentense não permitiu duas emissoras no mesmo espaço. Quatro estiveram ocupando as cabines apropriadas, uma improvisou numa parte divisória que não comprometeu a transmissão. Outras três tiveram que encontrar solução para não ficar sem narrar a partida.
A Rádio Continental ficou proximo a bandeira de escanteio, além da falta de espaço, os profissionais reclamaram de possivel boicote, pois, segundo eles a linha de transmissão foi cortada em vários pedaços e só teve condições de acompanhar a partida colocando uma mesa no local considerado de muito risco, inclusive para os atletas. O narrador Aloísio Fárias poderia até passar mal novamente, mas não por falta de circulação do ar. A sua equipe organizou a cabine no terraço de uma casa ao ar livre. Eli Gonçalves tambem improvisou a sua emissora na entrada e saída dos vestiários.
Por: Raimundo Mascarenhas * texto e fotos.
seleção de santa luz
ResponderExcluirO povo de varzea do poço
toce por vcs uma boa sorte