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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Varzeapocense recebe calote em formatura e é destaque no FANTASTICO


Empresa dá calote e estudantes ficam sem festa de formatura

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Liliane Venâncio prometeu e não entregou uma grandiosa festa de formatura em São Paulo. Agora, ela diz que vai procurar parcerias para fazer um novo evento.Você conhece Liliane Venâncio? Alunos, pais, amigos e professores de escolas públicas e particulares de São Paulo conhecem.

Liliane prometeu e não entregou uma grandiosa festa de formatura. Como ela vai se explicar?

“Não tenho nem palavras para explicar como eu me senti. A pior pessoa do mundo. Estragar o sonho de milhares de pessoas. Eu nunca quis prejudicá-los”, diz Liliane.

“A gente quer que seja feita a justiça. Que ela apareça, que ela fale o que houve”, pede Vera Lúcia dos Santos, mãe de uma estudante.

É a primeira vez de a dona da Lilitty Eventos aparece para dizer o que houve no sábado (14). Naquela noite, 300 alunos de 16 escolas e de uma universidade teriam um baile coletivo de formatura. Seriam duas festas: uma em Guarulhos, outra em Suzano. Nenhuma delas aconteceu.

Liliane se escondeu. Segundo ela, por medo. Ao Fantástico, diz ter recebido ameaças nas redes sociais. Agora, finalmente, ela resolveu dar sua versão, em uma entrevista exclusiva.

“A parte principal, do buffet, da bebida e alimentação, a pessoa me mandou uma mensagem, às 15h, aproximadamente, dizendo que não iria mandar. Eu ainda tentei. Porém, pelo horário e quantidade de coisas que nós precisávamos, não tinha fornecedor que conseguisse nos atender no momento”, conta ela.

Ela afirma que recebeu o aviso sobre o buffet através de uma mensagem de celular. Mas diz que não pode mostrar a mensagem ou falar quem são os fornecedores: “Infelizmente não, porque eu não posso expor as pessoas. Porque eu não tinha contrato. Como eu vou acusar sem ter provas? Fica difícil”, justifica.

Dos 300 alunos, 250 iriam ao baile em um salão de Guarulhos. O convite prometia baile de gala, dia 14 de abril, a partir das 22h. Liliane tinha garantido: seria uma festa de sonhos.

“Ela disse: ‘Nossa, dia 14 vai acontecer uma coisa que vocês nunca viram na vida’“, conta o estudante Felipe Barbosa.

“Todo mundo de roupa de gala e esperando uma resposta“, lembra estudante Juliana Silva Borges.

Liliane diz que está grávida de três meses e que passou mal ao saber que não conseguiria fazer a festa. Por isso não avisou aos estudantes do problema.

“Fui para o hospital. Se eu não me engano, até os próprios representantes acabaram conseguindo entrar em contato com alguns dos alunos, mas não houve tempo hábil para avisar a todos”, explica ela. Nem mesmo quem estava organizando a festa.

No dia do baile de formatura o salão estava vazio. Apenas as cortinas tinham sido instaladas. As cadeiras estavam empilhadas, as mesas não tinham sido montadas. Os primeiros a chegar ao local foram os garçons. Depois, a turma da decoração. Mas, aos poucos, essas pessoas começaram a ir embora, porque os funcionários do buffet não apareciam.

“Era um deserto. Não tinha ninguém. Em uma noite que tinha que ter uma festa maravilhosa”, lembra o proprietário do salão, Rubens Darini.
Naquele dia, a Lillity Eventos agendou a colação de grau e um baile de formatura em um clube em Suzano, a 50 quilômetros de São Paulo. Os formandos foram até o local e lá ficaram sabendo que não aconteceria nem a formatura, nem a festa.

Muita gente terminou a noite na delegacia, ainda com as roupas do baile. Durante toda a semana, pais e alunos procuraram a polícia. Pelo menos 90 pessoas já foram ouvidas.

“Dentro do contexto que eu tenho até o momento, eu ainda estou por estelionato e ainda creio no indiciamento dela”, afirma o delegado Marcel Druziani.

Liliane tem 33 anos. Ela diz que há 14 anos trabalha no ramo de eventos. Em 2008 abriu a empresa Lilitty.

“Foi a primeira vez e a única que ocorreu essa situação”, garante Liliane.

O Fantástico fez uma checagem e descobriu que Liliane tem, pelo menos, 18 dívidas no nome dela e 30 cheques sustados em nome da empresa Lilitty Eventos. Ela nega que tenha se perdido nas dívidas.

“Não. Em nenhum momento. São alguns problemas que ocorrem. Às vezes algum desacordo com um fornecedor”, diz ela.

Segundo Liliane, o problema não foi falta de pagamento aos fornecedores. Ela nega que estivesse devendo aos fornecedores: “Não. De forma nenhuma”.

O pacote que ela forneceu aos 300 alunos que ficaram sem baile incluía ainda colação, churrasco e uma viagem a lugares como Porto Seguro. O preço: R$ 1.550.

Os alunos gastaram também com os preparativos para a festa.

“Foram R$ 500 no vestido, R$ 200 no sapato, R$ 100 no salão”, enumera a estudante Beatriz Valentim.

“Paguei R$ 280 no meu vestido. Eu ia viajar para a Bahia. Daí falei: ‘Esse ano não vou viajar, vou fazer a minha formatura’. Porque, na minha família, só eu a única a ter nível superior”, conta a professora Edileuza Moreira Mendes.

Depois da confusão, Liliane ainda não encontrou os alunos pessoalmente. Mas aceitou responder a algumas perguntas deles, gravadas em vídeo.

Sobre a solução, Liliane responde: “A empresa pretende fazer o evento para os alunos. Até mesmo mais glamoroso do que o que tinha sido oferecido”.

A estudante Bruna Mesquita pergunta sobre o dinheiro investido na formatura. “Maquiagem, cabelo, roupa, nós vamos estar procurando uma parceria. Pessoas de bem que queiram estar fazendo essa parceria conosco”, responde Liliane.

Um aluno pergunta se Liliane pretende continuar organizando eventos. “A empresa continua. Nós vamos procurar trabalhar”, diz ela.

Segundo Liliane, o primeiro evento da Lilitty depois da confusão seria neste domingo (22): uma colação de grau em São Paulo. O Fantástico esteve no local e encontrou uma festa preparada por outras empresas. Os representantes dessas companhias não quiseram gravar entrevista, mas disseram que assumiram a organização, porque a Lilitty não conseguiria fazer o evento. Procurada, a Lilitty afirmou que realizou a colação de domingo (22).

Os alunos ainda esperam o baile de gala que não aconteceu, mas muitos não querem que ele seja feito pela Lilitty.

“Quem não cumpriu da primeira vez não vai cumprir da segunda. Então, não tem como acreditar mais”, afirma o estudante Juscelino Silva Matos.

Outras empresas de formatura já ofereceram ajuda de graça. A nova festa ainda não tem data.

“A formatura é um sonho. O sonho, em si, eu sei que nada que fizer vai compensar”, acredita Liliane.

“É uma coisa que não vai ter volta, o que eu perdi”, lamenta uma estudante

FONTE:http://fantastico.globo.com PUBLICIDADE

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