Política de Privacidade

https://www.blogger.com/blog/page/edit/3000848652313106559/7516302716241971418

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Volume de água da barragem do França no semiárido Baiano aumenta com uso de tecnologia inédita no Brasil


Responsável pelo abastecimento de água dos municípios de Miguel Calmon, Mundo Novo e Piritiba, no centro-norte da Bahia, a Barragem do França teve a capacidade de armazenamento ampliada em 30%, graças à implantação de nove módulos de fusegates. A tecnologia, inédita no Brasil, recebeu investimento de R$ 2.180.405 do Governo do Estado e beneficia cerca de 100 mil pessoas da região.

A execução do projeto ficou sob responsabilidade da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), empresa vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que presta manutenção e opera as principais barragens da Bahia. Segundo o diretor de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Cerb, Godofredo Correia Lima Júnior, as características locais e o custo-benefício foram decisivos na escolha da região para a instalação dos fusegates.

“Essa tecnologia é francesa e permite guardar a água por um período maior. Como a região semiárida é muito carente de água, essa tecnologia foi escolhida por ser a que melhor se adequava a este tipo de barragem. A estrutura permitiu o aumento no volume de água, com um investimento muito pequeno em relação ao custo de construir uma nova barragem”, explica.
Modelo
A Barragem do França, localizada no povoado de mesmo nome, está situada no Rio Jacuípe. Construída em 1995, ela ocupa atualmente uma área de 573 hectares e alcança a profundidade de 25 metros. Com a nova tecnologia, o volume de água acumulada passou para 32 milhões de metros cúbicos.

Os fusegates foram implantados sobre a crista do vertedouro da barragem e, além do armazenamento, garantem a segurança hídrica do equipamento. De acordo com Godofredo Correia, o modelo deve ser reproduzido agora nas barragens de Ponto Novo e Pedras Altas (Capim Grosso).
Agropecuária
Para o secretário de agricultura de Miguel Calmon, Lando Lima, a água acumulada ameniza os efeitos da seca que atingiu a região nos últimos dois anos. “Essa barragem hoje é um diferencial para todos nós, principalmente para quem está ligado à agricultura e à pecuária. Em Miguel Calmon, por exemplo, nós temos um investimento que volta a acontecer. Esse volume que a barragem absorveu já dá uma tranquilidade para a [economia da] região”.

O agricultor Lourival Gomes de Souza, 73 anos, trabalha com a terra desde que nasceu. Há seis anos, ele se mudou com a família para uma propriedade no entorno da barragem, atraído pela água e pelas obras de recuperação realizadas pelo Governo do Estado na BA-131. “Eu morava na beira do rio, mas não tinha condições como aqui, que tem mais água e tem a pista. Lá era isolado. Aqui a gente planta tomate, pimentão, melancia, e tem umas vaquinhas de tirar leite”.

José Carlos Almeida de Souza, 48, um dos filhos de Lourival, é responsável pela administração da propriedade. De acordo com ele, a rodovia recuperada facilita o escoamento da produção e a barragem “é de muita importância porque gera empregos e é uma grande fonte de renda”.

Related Posts:

0 comments:

Postar um comentário

O COMENTÁRIO ANONIMOS NÃO SERÁ LIBERADO, AGRADECEMOS A COLABORAÇÃO.